sábado, 14 de fevereiro de 2009

PRUSIAS I (228 – 182 a.C.)

Prusias I Cholos (“o Coxo”) sucedeu seu pai, Ziaelas, no trono da Bitínia. Formou uma aliança com o Reino da Macedônia casando-se com a filha do Rei Demétrio II, Apama IV, tornando-se assim cunhado do futuro Rei Filipe V. O início de seu reinado foi difícil, mas logrou êxito em manter e expandir a Bitínia. Abaixo, moeda com a efígie de Prusias I.

Prusias lutou contra Bizâncio (220 a.C.) em socorro aos Rodianos tendo em vista estender sua influência sobre o Estreito do Bósforo. Os Bizantinos, empobrecidos pelos tributos pagos aos gálatas que os assediavam, passam a cobrar impostos caros pela passagem do Mar Egeu para o Ponto Euxino (Mar Negro). Insatisfeitos com esses impostos excessivos, os Rodianos, grandes navegadorese comerciantes, decidiram declarar guerra contra os bizantinos. Prusias se aliança com Rodes durante esta guerra e Bizâncio pede ajuda Átalo I de Pérgamo e a Aqueu, militar grego que domina grande região na Ásia. Eles iniciam um movimento para estabelecer o tio de Prusias, Tiboetes, que vivia na Macedônia, como rei da Bitínia. Apesar disso, e embora Átalo e Aqueu fossem grandes guerreiros, Prusias seguiu com a guerra tomando possessões dos bizantinos na Ásia. Enquanto isso, Tiboetes morreu inesperadamente. Por fim, através de negociações mediadas por Cauaros, rei dos gauleses da Trácia, houve paz entre a Bitínia, Rodes e Bizâncio que não mais cobraria pedágios e a Bitínia devolveu a Bizâncio suas posses na Ásia. Abaixo, o reino da Bitínia.

Prusias é mencionado entre aqueles que em 217 a.C. enviaram socorro a Rodes que sofreu um terremoto. Em 216 Prusias derrota os mercenários gauleses trazidos por Átalo I para deter o avanço do domínio de Aqueu e que causavam grande terror na Ásia. Prusias e Àtalo disputavam a hegemonia sobre a Anatólia. Na Guerra Cretense (205 -200 a.C.) que opuseram o Rei Filipe V da Macedônia e seus aliados a Rodes e seus aliados, Prusias lutou por Filipe uma série de guerras contra Átalo I de Pérgamo, aliado de Rodes. Abaixo, os reinos da Macedônia, Pérgamo e adjacências ao término da Guerra Cretense.

Filipe provocou Rodes, ao capturar e massacrar as populações de Quíos e Mirleia, cidades gregas da costa do mar de Mármara. Filipe entregou ambas as cidades a seu cunhado, Prusias I, quem as reconstruiu, repovoou com bitínios e renomeou como Prusa (Prusias Talassa, “Prusias Marítima”) e Apamea Mirleia em honra a si mesmo e a sua esposa. Em troca destas cidades, Prusias prometeu que continuaria expandindo seu reino às expensas dos territórios de Pérgamo, inimigo de Filipe V (sua última guerra contra os pergamenos tinha se finalizado em 205 a. C.).
Bursa Information
Cidade de Bursa na Turquia: a antiga Prusa
Os romanos intervieram na guerra e mais uma vez lutaram contra Filipe V na segunda Guerra Macedônica ( 200-196 a.C. ). Após a batalha de Cinocéfalos em 197 a. C., Filipe, derrotado pelos romanos, teve que abandonar suas pretensões de domínio sobre as cidades gregas da Europa e da Ásia. Os romanos assentiram na posse das cidades que Filipe havia concedido na Ásia a Prusias, o qual abandonou a Frígia em virtude de um acordo com Pérgamo.
Abaixo, os reinos da Ásia Menor e adjacências na época de Prusias em 188 a.C.


Em 190 a.C. toma posse das cidades de Cieros (a quem também deu nome de Prusias), Tieios e outras dependências de Heraclea Pôntica e depois dessas cidades, ele submeteu a própria Heracleia a um cerco severo, e matou muitos daqueles que foram sitiados. A cidade esteve perto de ser capturada, mas subindo uma escada de mão Prusias foi abatido por uma pedra que foi lançada das ameias. Ele quebrou a sua perna, e por causa deste dano o cerco foi levantado. Prusias foi levado pelos bitínios em uma liteira, não sem dificuldade. Por causa desse acidente, Prusias foi apelidado em grego de cholos, "o coxo".
Cidade turca de Karadeniz Eregli onde
outrora ficava Heraclea Pôntica
Em 195 a. C., o general cartaginês Aníbal, o grande inimigo de Roma, chegou, fugido de Cartago, a corte de Antíoco III da Síria. Com a vitória romana na batalha de Magnésia junto ao rio Sípilo em 189 a. C., Antíoco, que devia entregá-lo aos romanos como parte das condições da Paz de Sardes, o deixa fugir, e Aníbal refugia-se no reino bitínio. Abaixo, moeda com as efígies de Prusias e Aníbal.
O Senado romano obrigou Prusias a entregar a Frígia Helespôntica ao rei Eumenes II de Pérgamo, o que provocou uma guerra entre Bitínia e Pérgamo (186-183 a.C.), que terminou com a retirada de Aníbal, comandante da frota bitínia, apesar de sua grande campanha, e com a entrega acordada da Frígia Helespôntica por Prusias a Pérgamo. O cônsul romano Quíncio Flaminino foi enviado a corte de Prusias com instruções precisas para que o rei bitínio entregasse Aníbal à Roma; Prusias não teria como resistir ao poderio militar romano e assentiu com essa exigência; Aníbal, antecipando-se, se suicida por envenenamento.
Prusias manteve seu reino independente e ao atingir 46 anos de reinado morreu (182) sendo sucedido por seu filho Prusias II.

FONTE: Wikipédia, versão em inglês e espanhol.
Dictionary of Greek and Roman Geography por William Smith. Disponível em:
http://books.google.com.br
Enciclopedia moderna: Diccionario Universal de Literatura, Ciencias, Artes, Agricultura, Industria y Comercio por Francisco de Paula Mellado. Disponível em:
http://books.google.com.br

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